segunda-feira, junho 07, 2010

Jesus saíu à rua

O Calendário Litúrgico da Igreja proporciona momentos de celebração que envolvem os cristãos de forma muito intensa. Nestes momentos, os cristãos sentem-se mais perto de Deus e, até os que normalmente não praticam, aparecem e juntam-se às multidões que exprimem a sua fé de forma mais activa. O dia do Corpo de Deus é um desses momentos. Em toda a Igreja este dia é revestido de um significado particular por ser a celebração da presença de Deus entre nós através da Eucaristia. Em Lilanda esta celebração é particularmente cheia de movimento e de cor. Assim foi ontem, dia do Corpo de Deus aqui em Lilanda.
Depois da celebração da Eucaristia em que a igreja paroquial se tornou pequena para tanta gente, saímos à rua para a procissão do Corpo de Deus. O percurso foi feito, como habitualmente, através de seis das vinte e quatro Comunidades Eclesiais de Base, com paragem obrigatória em cada uma delas. Cada comunidade preparou antecipadamente uma tenda onde acolheram os seus doentes. À passagem, todos parámos uns momentos para rezar pelos doentes e lhes dar a comunhão. Depois, receberam a bênção do Santíssimo. Foi um momento muito intenso para estes doentes. De facto, o Senhor, como nos seus dias da Galileia, vem ao seu encontro e lhes faz sentir que está perto e se preocupa com eles.
Os cânticos de alegria, acompanhados pelo som dos tambores e pelas danças dos participantes, davam vida e exprimiam a alegria e o entusiasmo dos cristãos por poderem exprimir a sua fé também diante dos que não acreditam. Jesus saiu à rua mais uma vez e atraiu as multidões que o acompanharam ou se juntaram para o ver passar.
Os movimentos apostólicos da paróquia, com as suas cores características davam um aspecto festivo à procissão. À multidão de vários milhares de católicos que tomaram parte na procissão, juntaram-se muitas outras pessoas, incluindo não católicos e não cristãos que, movidos pela curiosidade ou por algo mais profundo, enchiam as ruas do bairro. Todos queriam ver o Senhor passar. E aqueles que, por qualquer motivo, não O conseguiam ver, recorriam à estratégia de Zaqueu, para que a multidão não os impedisse.
A Celebração terminou no recinto da paróquia com um momento de silêncio e adoração.

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