sexta-feira, abril 20, 2018

Regresso ao Blogue

Ora cá estou eu de regresso ao Blogue! Depois de um período longo em que quase me esquecia do blogue (!!!), regresso agora, talvez para dar um rosto e um conteúdo novo ao blogue. Mas isso vai-se realizando pouco a pouco.
Estamos na primavera e ao mesmo tempo no tempo Pascal. Vida nova em todos os sentidos. Por isso, o artigo anterior sobre o encontro com Jesus Ressuscitado, marca um novo início na vida de Zikomo! Quem sabe até um novo título... Vamos ver o  que o Espírito me sugere!
Continuarei certamente a partilhar a missão. Boa leitura.

Encontro com o Ressuscitado


Aqui publico uma reflexão sobre um encontro do Senhor Ressuscitado com os seus discípulos. Foi já publicado no boletim informativo dos Missionários Combonianos, Família Comboniana. Boa leitura.

Um certo dia, depois da ressurreição, Jesus decidiu ir dar um passeio cedo pela manhã. Desta vez foi para a praia do lago da Galileia (João 21, 1-14). Como ainda era cedo e fazia frio, Jesus acendeu uma fogueira e sentou-se. Olhando em redor, viu lá no lago uma barca com pescadores. Eram alguns dos seus amigos que, liderados por Pedro, tinham ido pescar. E, como em tantas outras noites, não pescaram nada. Estavam desanimados.
Pedro decide fazer exatamente o que Jesus lhes tinha mandado fazer. E os seus amigos – que eram também amigos de Jesus – decidem ir com ele. Pegam tudo para ir pescar, mas esqueceram-se de Jesus. Deixaram Jesus na margem do lago. Não é de admirar, pois, que não pesquem nada. Sem Jesus, como é que querem pescar?
Meditando bem nesta história de ressurreição podemos concluir que eles não tinham pescado nada porque se tinham esquecido de levar Jesus com eles. E, sem Jesus, não há pesca! Claro que a pesca de que estamos a falar é a pesca de homens e mulheres para a qual Jesus tinha chamado os seus amigos, isto é, evangelizar.
Olhemos um pouco para estes amigos de Jesus! Quem são eles? Cada um deles tem alguma ferida que precisa ser curada pelo ressuscitado. Ora vejamos: Pedro negou Jesus e disse tantos disparates (Jo 18, 15-27; Mc 8, 32-33); Tomé faltou à missa no domingo anterior (!!!) e duvidou da sua ressurreição (Jo20, 24-25); Natanael disse: “De Nazaré pode vir alguma coisa boa?” (Jo 1, 46); os Filhos de Zebedeu (Tiago e João) que queriam churrascar uma aldeia na Samaria por não os ter acolhido (Mc 1, 19; Lc 9, 54s); os outros dois… bem, os outros dois somos cada um e cada uma de nós! Todos temos alguma ferida que precisamos de curar e necessitamos de nos reconciliar com Jesus.
Jesus preocupa-se, faz-se sentir. O Jesus ressuscitado revela-se na vida concreta do dia a dia dos seus amigos. Mesmo se aparece como um desconhecido. Mesmo um que não é da barca de Pedro! Está na margem! Pedro e os outros estavam de coração aberto. Escutam-no. E isto não é pouco! Pedro não era muito de escutar! Era mais de falar, mesmo quando não devia falar!
E Jesus diz-lhes: Mandem as redes para a direita, isto é, mandem as redes para o lado certo da barca; por outras palavras, ‘não façais como tendes sempre feito!’ Não vos contenteis com o que tendes sempre feito. Tentai algo de novo. Sou eu que vos digo. Deixai-vos guiar pelo Espírito. Pedro, que sabe sempre tudo, agora aceita a sugestão deste desconhecido. O discípulo que Jesus amava, ao ver a quantidade de peixe diz: “É o Senhor!”
Depois da pesca abundante, acontece algum muito interessante. Inicialmente todos juntos não conseguem arrastar as redes cheias de peixe; sem Jesus não se consegue nada (v. 6); mas quando Pedro está perto de Jesus, ou outros, sem Pedro, conseguem arrastar as redes (v. 8). E, finalmente, com Jesus Pedro sozinho pode arrastar as redes (v. 11).
Quando chegam à margem, Jesus, novamente sentado à fogueira, tem tudo preparado: “vinde tomar qualquer coisa”. Todos devem contribuir com qualquer coisa: “trazei alguns peixes”. Mas é Ele que serve, que preside; é Ele que guia a missão! Imaginem como se sentem bem na companhia de Jesus, lembrando-se sempre que é ele que envia.
Jesus, da margem, com muita delicadeza, chama-os; chama-os filhinhos. “Tendes qualquer coisa para comer?” Não o diz por si, porque Ele não tem mais necessidade de comer. Mas tem uma revelação a fazer-lhes. Ele está vivo, ressuscitou e está presente na vida dos seus amigos.
Que esta Páscoa seja para cada um de nós uma verdadeira experiência de Jesus que quer curar as nossas feridas e nos convida, também a nós, a acolher a vida nova que Ele nos veio trazer. Tal como os discípulos, também nós temos algo que precisa de ser curado dentro de nós; precisamos de nos reconciliar com Jesus.
O encontro com Jesus Ressuscitado cura-nos e faz de nós pescadores de homens e mulheres para o Reino de Deus.

Social Icons

.