domingo, junho 02, 2013

Menina de 12 anos amarrada ao telhado de uma igreja

É chocante constatar os casos sem conta em que crianças são abusadas, agredidas e exploradas pelas pessoas que elas amam e nas quais confiam. Mas quando as agressões e abusos são de carácter religioso, ou seja, em nome de Deus, o choque toca o absurdo.
Vizinha falando com a nossa equipa das comunicações
Foi o que aconteceu na semana passada aqui em Lilanda a cerca de trazentos metros da nossa paróquia. Uma menina de 12 anos de idade foi amarrada com uma corrente ao telhado de uma igreja pertencente a uma das muitas seitas presentes aqui no bairro de Lilanda. A mãe, terá entregue a menina ao cuidado do pastor que a amarrou ao telhado da igreja sem lhe dar comida nem água. Segundo o testemunho de alguns vizinhos, a mãe da menina teria feito isso porque “ela estava a ficar louca e possuida pelo demónio”. A intenção era que o dito pastor rezasse por ela e a curasse depois de a menina jeduar durante muitos dias. Os vizinhos suspeitaram de que alguma coisa não estava bem, pois ouviam alguém chorar dentro da igreja e um sugeito entrar todas as manhas e sair alguns minutos depois. Mas só ao fim de cinco dias se aperceberam do que se passava e chamaram imediatamente a polícia.
Segundo o testemunho de uma vizinha, a menina ao sair da igreja tirada pela polícia, pediu água, pois estava há cinco dias sem beber nem comer. A mãe, ao ver a fúria dos vizinhos negou tudo, mas veio a admitir mais tarde, na esquadra da polícia, que entregou a menina ao pastor para que ele rezasse por ela.
O caso chocou o bairro. Algo inacreditável e inaceitável que devemos denunciar e condenar com todas as forças.
Escombros da igreja destruida pela fúria dos vizinhos
Furiosos, os vizinhos destruiram completamente a igreja, reduzindo-a a escombros como se de uma retro-escavadora se tratasse. Ao serem questionados sobre a possibilidade de a igreja ser reconstruida, os vizinhos apressaram-se a dizer que não querem mais aquela igreja à porta das suas casas. De facto, dizia uma senhora, “costumavam rezar, cantar e fazer barulho durante toda a noite, te tal modo que não podíamos dormir descansados!”
Casos de abuso e agressão de crianças são comuns aqui no bairro. Um desafio para as comunidades cristãs que são diariamente confrontadas com estas situações dentro da própria comunidade.


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